quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Percepção e Empatia

Quando a gente olha de cima, da janela do avião para a cidade, vemos as pessoas de um tamanho tão pequenininho, de repente nem as vemos mais, vemos só as casinhas beem longe, então não vemos mais nada, só o contorno das terras banhadas pelo mar, de repente vemos só as nuvens e o sol no horizonte. Conseguiu imaginar?

Mas esse texto não é sobre imaginar, mas sim sobre o que realmente é, o que realmente somos. Somos humanos, somos apenas mais uma espécie de seres vivos que vive em um planeta do sistema solar. Mas quando nós lembramos que somos da mesma espécie? Quando nós sequer reparamos que somos todos tão parecidos como qualquer outra espécie? Quando nós lembramos que somos apenas mais uma espécie entre uma quantidade enorme de outras espécies?

Se não entendeu o que eu disse, preste atenção nesse padrão: Temos olhos, nariz, narinas, boca, dentes, cabelos, pele, osso, cheiros, orgãos e o rei cérebro! Que óbvio, você que leu isso, deve estar pensando. No entanto, somos tão ocupados em nossas pequenas redomas, que chamamos de vida, que esquecemos o quanto iguais somos e aparentemente isso acaba se tornando cada vez menos óbvio. Então, sendo todos nós seres da mesma espécie eu te pergunto, por que lutamos contra nós mesmos? Por que pregamos ódio contra nós mesmos? Por que nos matamos, matamos vários e vários seres de nossa espécie? Por que somos tão egoístas e não ajudamos o próximo? Por que sentimos medo, inveja, raiva, por seres que são muito mais parecidos do que diferentes de nós mesmos? Sim, nós somos muito parecidos tanto por dentro quanto por fora! Temos algumas diferenças claro, como cor do cabelo, tom de pele, tipo de cabelo, altura, peso, mas afinal ainda continuamos sendo muito mais parecidos do que diferentes. 

Para ficar ainda mais fácil:
Ser humano é igual a ser humano e isso independe da cor, religião, características físicas ou psicológicas. 
Ser humano é diferente de leão, de papagaio, de cachorro, de tubarão, de jibóias, de suricates, etc...

Então perceba, toda essa diferença de características físicas, não impede os seres humanos de continuarem sendo seres humanos (sim, estou sendo repetitiva por pura ênfase) e ainda sim, continuamos nos tratando como diferentes, como indiferentes, com desvalorização e desprezo. Te pergunto, qual o sentido de não tratarmos os outros como iguais, já que somos todos iguais? 

O ser humano distrói o próprio ser humano e isso é mutável, mas depende apenas do próprio ser humano e de sua compreensão sobre os que o rodeiam.

Por isso venho aqui para apelar por empatia, por compreensão e por igualdade perante os iguais. Vamos olhar para o outro e tratá-lo como nós gostaríamos de sermos tratados. Isso é uma escolha e só depende de sua percepção. Se você for inteligente e sei que você é, isso parecerá a escolha mais óbvia a ser feita e você se perguntará, como não pensou nisso antes, não é mesmo?

Mais amor, por favor.


segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Sobre a minha falta de perspectiva

Sabe aquele momento em que sua vida está vazia?? Então deixa eu te contar como é...
Atualmente eu estou formada, após longos e tensos anos de engenharia. Me formei já tem 3 meses (bizarro!) e estou desempregada, sem dinheiro, sem namorado e sem perspectiva. Acho que deu pra entender como é né?

Estou me inscrevendo em processos seletivos, mas ou eles estão muito seletivos ou eu estou muito fora da curva. Não sei, só sei que não eram esses os meus planos para os  meus 25 anos de vida. Me pergunto se fiz algo errado durante toda essa jornada até agora, pq nenhum dos meus objetivos reais foram alcançados e nem sei quando serão. Até falei com um ex-namorado, que eu não falava há uns 3 anos. Se foi por carência, pra me testar ou por falta do que fazer eu não sei dizer, talvez um pouco dos três. Não sei nem dizer ao certo qual foi meu objetivo com isso. Talvez uma busca por acender alguma coisa que nunca mais acendeu aqui dentro,mas ainda sim, continuou apagado, porque já passou e eu já sabia disso. 

Não sei de mais nada da minha vida. Pensei que eu tinha o controle sobre tudo e que o caminho era certo e que estava fazendo tudo como mandava o script, mas não. A vida só vem me mostrando que nada nada mesmo é como nós esperamos que seja. E que é tudo uma chuva de incertezas e você tem que tentar todo dia remar no seu rumo, em linha reta que a vida vai vir e te jogar pra uma curva tortuosa, cheia de obstáculos e você vai se esforçar pra continuar remando em linha reta. O esforço é contínuo, diário, eterno.

Se me dá vontade de desistir? Todos os dias! As vezes eu penso que não tenho muito propósito aqui nesse planeta. Gostaria de uma luz, de uma bússola da vida para me dizer qual o rumo certo e mais do que isso, qual o melhor rumo a se tomar, mas isso não vai acontecer. Então só me resta tentar, navegar e ver no que vai dar, mas ás vezes me faltam forças.