sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Voltei . Turbilhão de emoções . Ressignificar

Voltei para mais um desabafo!

Após tanto teeempo, tantos acontecimentos e tanta confusão mental eu ainda estou vivendo um turbilhão mental, eu diria. Muita coisa mudou e ao mesmo tempo nada do que eu queria mudou realmente.

Mas vim aqui para falar sobre a série que eu estou vendo chamada "This is us". Série realista, tocante...um drama com toque de comédia, sobre situações que vivemos e lidamos todos os dias como seres humanos.

(Contém spoiler)

No episódio que assisti ontem, Kevin, passa por uma situação em que precisa incorporar um personagem para uma peça de teatro, mas este papel traz memórias ruins para ele e então ele tem dificuldade de se entregar inteiramente para aquilo, tentando esconder um sentimento de si mesmo.

Durante um ensaio com o pai biológico do seu irmão adotivo, o senhor diz que ele sempre coloca dúvida sobre si mesmo, nunca se acha bom realmente.

Vale ressaltar que Kevin fazia uma série de TV que era querida por muitos, inclusive pelo senhor, mas ele largou a série pois estava se sentindo sem propósito naquele papel. Kevin se põe confuso mais uma vez e novamente o senhor diz que ele está duvidando de si.

Para resumir, no fim, uma colega de cena ajuda ele, de uma forma peculiar, porém efetiva, a entender que aquele trauma emocional que ele está fugindo, faz parte dele e que ao invés dele tentar evitar aquilo, ele deve abraçar o sentimento e usá-lo como impulsionador para fazer a cena. Canalizar a emoção para a ação. 

Não sei se isso foi útil para vocês mas foi reflexivo para mim, pois estou passando por algo essencialmente parecido, porém em um outro contexto.

Ano passado passei por alguns processos seletivos traumáticos, em especial um para uma grande empresa de cerveja (adivinhem qual é? rs). A oportunidade chegou até mim através de uma empresa de recrutamento que atua atraindo talentos com diversidade para grandes empresas.

No entanto a trajetória de preparação e de etapas acabou me deixando menos confiante e com a autoestima mais baixa ainda. Tive uma crise de pânico e acabei não indo até a penúltima etapa por conta do nervosismo e de alguns fatores externos que me deixaram fragilizada e confusa. 

Desde então adquiri uma grande dificuldade de fazer processos seletivos, parei de acreditar na minha história e na minha capacidade.

Perdi consideravelmente a motivação, ainda mais com a quantidade de negativas que recebi. Quando havia uma possibilidade de retorno positivo eu apostava tanto as minhas fichas naquilo que era como se, caso eu não passasse seria o fim do mundo.

Bom, por fim eu passei em um processo seletivo mas assim como Kevin, eu não via propósito no que eu fazia, estava muito infeliz e acabei saindo da empresa, para buscar algo com real propósito.

Após isso passei por novos processos mas nunca com a mesma garra, mesma motivação ou mesma crença em mim. Passei a acreditar que eu não era capaz e não servia para aquilo. Comecei a duvidar inclusive de mim como pessoa, das minhas qualidades, dos meus amigos, de tudo que construi até hoje. Passei a duvidar de mim mesma e de todos ao meu redor.

"A ansiedade e a frustração tomaram conta de mim na maior parte do tempo."

Com isso, acabei repetindo o "erro" anterior, pois tive uma oportunidade mas em um contexto diferente, de mais tranquilidade e sem fatores externos para me fragilizar, eu acabei optando por não ir até o fim. O monstro agora era interno e ele me segurou.

Desta vez eu me segurei e perdi uma oportunidade porque duvidei do meu potencial. Desde então a culpa também está aqui me cutucando, as dúvidas são cada vez maiores e o medo de errar ou de acertar convive comigo. Acho que o meu caso é  pior que o de Kevin, na realidade. 

Algumas soluções que tive que buscar foram fazer terapia e procurar uma religião (ainda estou procurando) para me confortar um pouco.

Uma outra coisa é tentar ressignificar as coisas e dar uma visão mais positiva para os acontecimentos. Abraçar e usar as frustrações como impulsionadores de ação, assim como Kevin deveria usar em seu papel no teatro.

Então deixo aqui minha provocação para a reflexão: Vamos Ressignificar? Como Ressignificar? 







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