sexta-feira, 7 de junho de 2019

O mundo não gira em torno de você, navegante!

Quando eu percebi que não era sobre mim, que nada girava em torno de mim, eu realizei o que é a vida real.

Percebi quanto tempo eu fiquei remoendo e conjecturando um imaginário, uma vida hipotética. Percebi o quanto eu sempre confundi o imaginário com o real.

"A Disney me trolou!"

Percebi o quanto eu achei que o mundo me devesse alguma coisa porque eu era estudiosa e tinha feito a minha parte. Achei que após a faculdade, após um intercâmbio e ser fluente em inglês, fosse a hora da recompensa e que isso fosse algo natural por todo o meu esforço. Não tinha entendido as regras do jogo ainda.

Não tinha entendido que para conquistar, aquilo tudo que eu havia passado, nem tinha sido o começo da luta. Que não havia recompensa certa pelo meu esforço na faculdade. Que só agindo e realizando transformação e impacto eu poderia ser notada, percebida e valorizada no mundo capitalista.

"Não tinha entendido que era sobre o que eu tinha a oferecer. "

Sempre foi sobre o que eu tinha a oferecer. Se era conhecimento analítico eu tinha que provar, se era ilustrações eu tinha que provar, se era falar inglês eu tinha que provar. Eu tinha que ser útil e mostrar que eu tinha competência suficiente para resolver aquele problema daquela empresa, pessoa, cliente.

No fim a empresa era meu cliente. Eu nunca tinha pensado assim. Sempre achei que a empresa me devia alguma coisa. Sempre coloquei meu ego na frente e de certa forma fui arrogante.

Esse ano a ficha caiu.  Tive que deixar meu ego e minha arrogância de lado. Entendi o jogo e entendi que preciso provar que sou útil para ser contratada em uma entrevista.

Uma vez uma  amiga minha, me falou que quando ela conseguiu um emprego, depois de uns anos de luta e incertezas, ela entendeu que ela prestaria um serviço e em troca receberia um salário. É basicamente isso.

Não estou dizendo que precisamos parar de sonhar, mas se for pra realizar um sonho então, vai ter que ser provação dobrada, tudo muito amarradinho para aquele sonho acontecer. Isso eu digo, para uma mera mortal, sem pais ricos ou algo do tipo e também acredito em exceções, mas como o nome diz, são alguns casos, que não se aplicam a maioria dos cidadãos.

Vou me reinventar. Tentar ser uma força útil para o mercado. Ser mais racional. Estou chegando aos 30. Não sei como será. Mas ainda preciso tentar conquistar algum lugar ao sol.

"Torce por mim!"

segunda-feira, 3 de junho de 2019

Devaneio #1 de 2019 em um post

Acabei de perceber o quanto nós somos animais, inclusive nós xingamos as pessoas de "animal" esquecendo real que nós somos animais também.

Nós realmente fingimos que não fazemos parte do ecossistema. Acho que para os seres humanos, é como se natureza fosse uma coisa separada dos seres humanos "superiores"..so que não é né...

E nem percebemos que a melhor e a pior coisa do ser humano é o cérebro. Nós somos bichos de atividades, de gasto energético, tipo caça, pesca e também somos pensantes conseguindo usar a criatividade e a lógica para estratégias e somos coletivos... mas então, nós criamos um sistema "facilitador" totalmente feito pra ficarmos parados só pensando e extremamente antisocial e aí consumimos qualquer coisa pra distrair o cérebro...

Por que se ele não for alimentado, rola ansiedade e várias outras doenças psíquicas, daí começa o looping da busca incessante de algo que você não sabe o que é exatamente. Então, por conta do cérebro ficar revisitando lugares ou buscando lugares inexistentes começa a busca por escapes.

Daí existem os escapes tóxicos que normalizamos tipo redes sociais, entretenimento em excesso, álcool, dorgas, açúcar, cigarro e tem os não tóxicos, que são os exercícios porque nos levam a justamente fazer o que deveríamos como animais, nos movimentar.

E mais uma coisa que percebi é que está todo mundo carente de gente de verdade, de conversa genuína, de trocar sorriso ao invés de like.